Poesia: Centro de cidade grande
Há tanta gente a ocupar calçadas!
Enchendo ruas, prédios, a andar…
E toda a multidão segue apressada;
Sem tempo de sorrir, de ver, de amar.
Nem se percebe o outro no caminho.
Esbarram-se; barulho, confusão.
Em meio a tanta gente, mais sozinho
É cada um e todo cidadão.
Descortesia seria progresso;
Fez-se piegas ter um coração.
Valores d’alma ficam em recesso
Nesta chamada “civilização”
Entre a beleza plena da cidade,
Com sua arquitetura tão bonita,
Parece não caber paz e bondade;
A esperança vai fugindo aflita.
Angela Oliveira